O Brasil comprou 27 robôs da empresa norte-americana Irobot para ajudar no trabalho de segurança da Copa do Mundo de 2014. A concorrência foi finalizada em 15 de maio e envolve US$ 7,2 milhões (cerca de R$ 14 milhões). Além dos robôs, o contrato prevê fornecimento de peças, equipamentos associados e serviços. A previsão de entrega é dezembro deste ano. A unidade fornecida ao governo brasileiro sai por US$ 266 mil.
“Estamos provendo o estado da arte de robôs para o Brasil, que vai sediar grandes eventos nos próximos anos”, afirmou, em comunicado, o diretor da empresa, Frank Wilson.Os equipamentos adquiridos pelo governo brasileiro ficarão a cargo da Polícia Federal e operarão nas cidades-sede da Copa. Segundo ata de registro de preço da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, cada município receberá dois robôs, mas Brasília ficará com quatro e Porto Alegre, três.
Os robôs 510 PackBot são equipados com câmeras e operam por controle remoto. Possuem também um braço mecânico que pode manejar objetos próximos. Com todo o aparato, cada máquina pesa 24 quilos e pode ser ligada em dois minutos.
Seu uso mais frequente é na análise de possíveis bombas, desarme de explosivos, busca e vigilância, resgate de reféns e outras atividades de risco. A esteira pela qual o robô se move lhe permite subir escadas, rampas de até 60 graus de inclinação e andar sobre rochas. A máquina pode chegar a 9km/h e funciona sob quase um metro de água.
Os robôs são utilizados por tropas norte-americanas no Iraque e no Afeganistão desde 2002 para vasculhar edifícios e andar sobre terreno minado. Também foram empregados para inspecionar o reator da usina nuclear de Fukushima, Japão, onde houve vazamento de material radioativo, e para averiguar o carro sequestrado pelos supostos responsáveis pelas explosões da maratona de Boston, em março.
Investimentos em segurança
Os Irobots integrarão o aparato tecnológico de segurança do governo brasileiro a ser utilizado na Copa do Mundo. Já foram adquiridas câmeras com capacidade de reconhecer até 400 rostos por segundo e armazenar as imagens em um banco de dados de 13 milhões de faces. O país também anunciou, em fevereiro, a compra de quatro veículos aéreos não tripulados (drones) israelenses por US$ 25 milhões, que serão utilizados já na Copa das Confederações e ficarão a cargo do Exército. Os equipamentos serão utilizados pelos cerca de quatro mil homens de segurança de cada cidade-sede.
O governo federal prevê investir R$ 1,879 bilhão para que nada de grave aconteça no país durante o evento. Deste total, R$ 164,5 milhões serão gastos em equipamentos e sistemas e R$ 682 milhões, em sistemas para centralização das operações, de acordo com o Grupo Executivo da Copa do Mundo.
Muito se tem comentado a Copa do Mundo de 2014 como excelente oportunidade para o desenvolvimento econômico e social de nosso país, face aos investimentos públicos e privados, em volume sem precedentes[1], nesse evento esportivo de magnitude global. Por conta desta visão de responsabilidade social, verdadeira bússola a orientar a administração pública e a iniciativa privada, todo investimento deve obrigatoriamente deixar um legado significativo para a sociedade brasileira[2]. Sob esse aspecto, não só o evento será acompanhado por expressiva audiência mundial[3], mas também os resultados econômico-sociais pós-Copa serão amplamente difundidos e profundamente analisados[4].
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Neste cenário, as importantes questões específicas de segurança relacionadas à Copa do Mundo, qualquer que seja o país-sede, somam-se ao crescente radicalismo armado mundial, de natureza étnica, política e ideológica[5], e à crítica situação da segurança pública em nosso país[6], tornando o item “segurança” aspecto vital na preparação do Brasil para a Copa de 2014. E ele se abre num amplo leque que envolve a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica (cambismo, turismo sexual, delitos contra turistas etc.), a segurança de dignitários e o terrorismo.
Por isso, o assunto “segurança” não deve ser tratado de forma compartimentada, como se fosse apenas uma entre as diversas dimensões do planejamento, como arenas, mobilidade urbana, portos, aeroportos, rodovias, rede hoteleira, energia, telecomunicações, rede hospitalar e saneamento básico. Seu enfrentamento não deve ser postergado, mas, ao contrário, deve antecipar-se, para poder envolver essas dimensões citadas.
Prova disso é que, por exemplo, o cumprimento da norma da FIFA que determina o tempo máximo de oito minutos para a evacuação de um estádio[7] exige toda uma arquitetura física, de processos e de tecnologia que não pode ser planejada e implementada após a construção da arena e da adequação do espaço urbano. O mesmo ocorre com a norma internacional, decorrente dos estudos ingleses que se seguiram ao Taylor Report – 1989[8], que estabelece que os estádios devam ter a capacidade de manter, para a entrada de torcedores, o fluxo de 660 pessoas por hora por catraca[9]: por isso, não deve haver sanitários, bancas de vendedores, obstáculos ou qualquer outra coisa, inclusive procedimentos de segurança, que provoquem filas ou aglomerações próximas às catracas.
Assim, é preciso planejar e investir na revisão dos procedimentos e na capacitação e preparação de todos os profissionais que irão atuar em atividades de segurança nas cidades sedes da Copa. Além disso, investir em equipamentos básicos para o desempenho dessas funções, bem como a implementação de novas tecnologias voltadas às comunicações, transmissão e compartilhamento de banco de dados e produção de provas forenses. Não podemos nos esquecer do planejamento para situações de emergências nessas cidades[10], uma das grandes preocupações da FIFA.
O planejamento e sua implementação nas cidades escolhidas para a realização dos jogos devem ser realizados com tal cuidado, de modo a torná-las exemplos de boa gestão em segurança pública, como hoje se tem como referências mundiais algumas cidades que conseguiram baixar seus índices de criminalidade, como Nova York, nos Estados Unidos, e Bogotá na Colômbia.
Trata-se de uma oportunidade única de modernidade na área de segurança pública, pois estamos falando de doze capitais que poderão ser modelos em segurança pública, para todo o Brasil e quem sabe para o mundo.
Há questões que devem ser definidas com antecedência e que têm profunda influência sobre as providências decorrentes.
É o caso do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios. Em São Paulo, essa proibição vigora desde 1995[11], sendo uma das causas do controle da violência nas arquibancadas. Essa proibição, inicialmente administrativa, tornou-se legal em 1996[12].
Será necessário definir, de maneira uniforme para todas as sedes, se o consumo de bebidas alcoólicas será ou não permitido nos jogos da Copa. Até a Copa da Alemanha, em todos os campeonatos da FIFA vigorava a proibição. Na Alemanha, foi autorizado o consumo de cerveja. Como fica a legislação paulista restritiva em face de uma eventual liberação? No caso de São Paulo, o desprestígio da lei restritiva comprometerá o controle da violência das torcidas organizadas nos estádios, nos futuros campeonatos e torneios estaduais e nacionais?
Ainda como exemplo, temos algumas das funções dos comissários de estádios (stewards), recomendadas pela FIFA e que, no Brasil, são privativas de agentes policiais, como buscas pessoais e apreensão de materiais. A normatização da função dos comissários de estádios deve ser concluída com tempo suficiente para permitir o adequado treinamento dos mesmos.[13]
Dentro da visão estratégica de que os investimentos devem deixar um legado para a sociedade, o planejamento da segurança precisa ter em vista o compromisso de que toda estrutura, criada ou aperfeiçoada, continue funcionando pós-Copa, com a mesma eficácia.
O planejamento tem de ser amplo e detalhado, para fazer face desde a prevenção criminal básica até a especializada prevenção ao terrorismo, com base tanto em conhecimentos produzidos por competente trabalho de análise criminal como pelos serviços de inteligência[14], articulados com seus correspondentes internacionais. Deve prever detalhadamente completo acervo de procedimentos necessários à pronta e eficaz reação a todas as situações de emergência. E o pessoal envolvido na segurança, profissionais e voluntários, devem estar capacitados a agir com eficácia absoluta, tanto preventiva como reativamente, já em 2013, para a Copa das Confederações, graças ao exaustivo treinamento, desde os comissários de estádio (stewards) até a polícia territorial e as unidades especiais.
Mas o planejamento e a realização dos investimentos, embora focados na “Operação Copa”, comprometidos especialmente com o sucesso deste evento, dada sua importância e criticabilidade, deve requalificar a segurança pública com vistas ao futuro. Por isso, a despeito da capacitação em alto nível de unidades especiais, precisa ser fundado na polícia territorial.[15]
O Centro Integrado de Operações Policiais deve ser desenvolvido não para comandar o policiamento, mas para, com tecnologia e processos, permitir que os comandantes territoriais o façam e para que cada escalão de comando supervisione o desempenho do escalão subordinado, embora, complementarmente, deva também servir como meio de comando de operações especiais e dos gabinetes de crise, articulando todas as forças de segurança e de emergência.
Toda incorporação de tecnologia e processos deve, portanto, ter por objetivo proporcionar a adequada segurança à Copa e também servir à estrutura de segurança pós- Copa, o que não admite improvisações de planejamentos apressados porque iniciados tardiamente.
Temos que levar em conta também que os comandantes do policiamento e grande parte dos policiais que atuarão na Copa do Mundo ainda estão nas escolas[16], sejam de formação, sejam de aperfeiçoamento, ou mesmo nem foram recrutados. E que as novas tecnologias a serem incorporadas para a segurança influenciarão nos procedimentos operacionais, que deverão ser objeto de novos manuais e treinamentos, para que tenhamos, com suficiente antecedência, profissionais bem preparados para a magnitude do evento. Tudo deve estar funcionando adequadamente com bastante antecedência: profissionais, tecnologia e processos.
Nenhum estádio brasileiro tem condições, atualmente de sediar jogos da Copa do Mundo, por problemas arquitetônicos e estruturais, e urbanísticos em seu entorno. Aliás, suas condições são precárias mesmo para os eventos esportivos nacionais.[17]
De acordo com o conjunto de normas que regula a matéria (Cadernos de Encargos e recomendações da FIFA, Estatuto do Torcedor[18], Normas da ABNT, Código de Defesa do Consumidor[19], etc) os estádios devem ser confortáveis e seguros, e os torcedores devem ser respeitados em seus direitos, o que exige, dentre outras coisas:
O comando da segurança nos estádios deve estar localizado em instalações que permitam a melhor visualização de todas as partes dos mesmos, além de ser também facilmente visualizados pelo público.
A instalação deve permitir a proximidade do comando do policiamento com o locutor oficial do estádio[25], com o coordenador dos comissários (stewards) e com a administração.
O comando deve ter acesso às informações eletrônicas das catracas, dos acessos, das imagens do monitoramento, do sistema de som, dos pontos críticos (instalações elétricas, por exemplo), dos setores e das áreas externas.
Um evento da dimensão da Copa do Mundo requer o planejamento da segurança em toda a cidade sede, não apenas no estádio e seu entorno, mas abrangendo a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica, a segurança de dignitários e o terrorismo. No período de tempo que abrange a Copa do Mundo, o funcionamento das cidades sedes sofrerá alterações, com eventos ocorrendo em todo o território, com turistas nacionais e estrangeiros circulando etc., o que exigirá da polícia territorial um planejamento prévio e um estudo continuado da situação a fim de manter a segurança pública.
Exige, assim, a articulação das forças de segurança para atuação integrada que envolva vias públicas e outros logradouros, portos, aeroportos, terminais de ônibus, hotéis, pontos turísticos etc., tudo conforme planos de prevenção e de pronta resposta.
A organização da Copa, em todas as cidades, deve capacitar-se para a coordenação dos serviços e a fiscalização dos mesmos, através de todos os órgãos competentes, como a venda dos ingressos, o combate ao câmbio negro, o comércio ambulante, a pirataria de produtos protegidos por direitos autorais ou patentes etc.
A concentração de autoridades públicas nacionais e internacionais, incluindo chefes de estado e de governo ou seus representantes, bem como a presença de executivos privados, patrocinadores ou não do evento, requer perfeita articulação dos diversos órgãos de segurança e de inteligência, entre si e com organismos internacionais, representações diplomáticas, serviços estrangeiros de segurança pessoal e de inteligência e serviços de segurança privados, nacionais e estrangeiros.
Pelo exposto, verifica-se que o planejamento para a segurança da Copa do Mundo de 2014, dada sua complexidade e amplitude, deve ser iniciado imediatamente, antecipando-se mesmo ao planejamento das demais dimensões da preparação do país para sediar, com êxito, esse evento de importância mundial.
Muito se tem comentado a Copa do Mundo de 2014 como excelente oportunidade para o desenvolvimento econômico e social de nosso país, face aos investimentos públicos e privados, em volume sem precedentes[1], nesse evento esportivo de magnitude global. Por conta desta visão de responsabilidade social, verdadeira bússola a orientar a administração pública e a iniciativa privada, todo investimento deve obrigatoriamente deixar um legado significativo para a sociedade brasileira[2]. Sob esse aspecto, não só o evento será acompanhado por expressiva audiência mundial[3], mas também os resultados econômico-sociais pós-Copa serão amplamente difundidos e profundamente analisados[4].
Neste cenário, as importantes questões específicas de segurança relacionadas à Copa do Mundo, qualquer que seja o país-sede, somam-se ao crescente radicalismo armado mundial, de natureza étnica, política e ideológica[5], e à crítica situação da segurança pública em nosso país[6], tornando o item “segurança” aspecto vital na preparação do Brasil para a Copa de 2014. E ele se abre num amplo leque que envolve a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica (cambismo, turismo sexual, delitos contra turistas etc.), a segurança de dignitários e o terrorismo.
Por isso, o assunto “segurança” não deve ser tratado de forma compartimentada, como se fosse apenas uma entre as diversas dimensões do planejamento, como arenas, mobilidade urbana, portos, aeroportos, rodovias, rede hoteleira, energia, telecomunicações, rede hospitalar e saneamento básico. Seu enfrentamento não deve ser postergado, mas, ao contrário, deve antecipar-se, para poder envolver essas dimensões citadas.
Prova disso é que, por exemplo, o cumprimento da norma da FIFA que determina o tempo máximo de oito minutos para a evacuação de um estádio[7] exige toda uma arquitetura física, de processos e de tecnologia que não pode ser planejada e implementada após a construção da arena e da adequação do espaço urbano. O mesmo ocorre com a norma internacional, decorrente dos estudos ingleses que se seguiram ao Taylor Report – 1989[8], que estabelece que os estádios devam ter a capacidade de manter, para a entrada de torcedores, o fluxo de 660 pessoas por hora por catraca[9]: por isso, não deve haver sanitários, bancas de vendedores, obstáculos ou qualquer outra coisa, inclusive procedimentos de segurança, que provoquem filas ou aglomerações próximas às catracas.
Assim, é preciso planejar e investir na revisão dos procedimentos e na capacitação e preparação de todos os profissionais que irão atuar em atividades de segurança nas cidades sedes da Copa. Além disso, investir em equipamentos básicos para o desempenho dessas funções, bem como a implementação de novas tecnologias voltadas às comunicações, transmissão e compartilhamento de banco de dados e produção de provas forenses. Não podemos nos esquecer do planejamento para situações de emergências nessas cidades[10], uma das grandes preocupações da FIFA.
O planejamento e sua implementação nas cidades escolhidas para a realização dos jogos devem ser realizados com tal cuidado, de modo a torná-las exemplos de boa gestão em segurança pública, como hoje se tem como referências mundiais algumas cidades que conseguiram baixar seus índices de criminalidade, como Nova York, nos Estados Unidos, e Bogotá na Colômbia.
Trata-se de uma oportunidade única de modernidade na área de segurança pública, pois estamos falando de doze capitais que poderão ser modelos em segurança pública, para todo o Brasil e quem sabe para o mundo.
Há questões que devem ser definidas com antecedência e que têm profunda influência sobre as providências decorrentes.
É o caso do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios. Em São Paulo, essa proibição vigora desde 1995[11], sendo uma das causas do controle da violência nas arquibancadas. Essa proibição, inicialmente administrativa, tornou-se legal em 1996[12].
Será necessário definir, de maneira uniforme para todas as sedes, se o consumo de bebidas alcoólicas será ou não permitido nos jogos da Copa. Até a Copa da Alemanha, em todos os campeonatos da FIFA vigorava a proibição. Na Alemanha, foi autorizado o consumo de cerveja. Como fica a legislação paulista restritiva em face de uma eventual liberação? No caso de São Paulo, o desprestígio da lei restritiva comprometerá o controle da violência das torcidas organizadas nos estádios, nos futuros campeonatos e torneios estaduais e nacionais?
Ainda como exemplo, temos algumas das funções dos comissários de estádios (stewards), recomendadas pela FIFA e que, no Brasil, são privativas de agentes policiais, como buscas pessoais e apreensão de materiais. A normatização da função dos comissários de estádios deve ser concluída com tempo suficiente para permitir o adequado treinamento dos mesmos.[13]
Dentro da visão estratégica de que os investimentos devem deixar um legado para a sociedade, o planejamento da segurança precisa ter em vista o compromisso de que toda estrutura, criada ou aperfeiçoada, continue funcionando pós-Copa, com a mesma eficácia.
O planejamento tem de ser amplo e detalhado, para fazer face desde a prevenção criminal básica até a especializada prevenção ao terrorismo, com base tanto em conhecimentos produzidos por competente trabalho de análise criminal como pelos serviços de inteligência[14], articulados com seus correspondentes internacionais. Deve prever detalhadamente completo acervo de procedimentos necessários à pronta e eficaz reação a todas as situações de emergência. E o pessoal envolvido na segurança, profissionais e voluntários, devem estar capacitados a agir com eficácia absoluta, tanto preventiva como reativamente, já em 2013, para a Copa das Confederações, graças ao exaustivo treinamento, desde os comissários de estádio (stewards) até a polícia territorial e as unidades especiais.
Mas o planejamento e a realização dos investimentos, embora focados na “Operação Copa”, comprometidos especialmente com o sucesso deste evento, dada sua importância e criticabilidade, deve requalificar a segurança pública com vistas ao futuro. Por isso, a despeito da capacitação em alto nível de unidades especiais, precisa ser fundado na polícia territorial.[15]
O Centro Integrado de Operações Policiais deve ser desenvolvido não para comandar o policiamento, mas para, com tecnologia e processos, permitir que os comandantes territoriais o façam e para que cada escalão de comando supervisione o desempenho do escalão subordinado, embora, complementarmente, deva também servir como meio de comando de operações especiais e dos gabinetes de crise, articulando todas as forças de segurança e de emergência.
Toda incorporação de tecnologia e processos deve, portanto, ter por objetivo proporcionar a adequada segurança à Copa e também servir à estrutura de segurança pós- Copa, o que não admite improvisações de planejamentos apressados porque iniciados tardiamente.
Temos que levar em conta também que os comandantes do policiamento e grande parte dos policiais que atuarão na Copa do Mundo ainda estão nas escolas[16], sejam de formação, sejam de aperfeiçoamento, ou mesmo nem foram recrutados. E que as novas tecnologias a serem incorporadas para a segurança influenciarão nos procedimentos operacionais, que deverão ser objeto de novos manuais e treinamentos, para que tenhamos, com suficiente antecedência, profissionais bem preparados para a magnitude do evento. Tudo deve estar funcionando adequadamente com bastante antecedência: profissionais, tecnologia e processos.
Nenhum estádio brasileiro tem condições, atualmente de sediar jogos da Copa do Mundo, por problemas arquitetônicos e estruturais, e urbanísticos em seu entorno. Aliás, suas condições são precárias mesmo para os eventos esportivos nacionais.[17]
De acordo com o conjunto de normas que regula a matéria (Cadernos de Encargos e recomendações da FIFA, Estatuto do Torcedor[18], Normas da ABNT, Código de Defesa do Consumidor[19], etc) os estádios devem ser confortáveis e seguros, e os torcedores devem ser respeitados em seus direitos, o que exige, dentre outras coisas:
O comando da segurança nos estádios deve estar localizado em instalações que permitam a melhor visualização de todas as partes dos mesmos, além de ser também facilmente visualizados pelo público.
A instalação deve permitir a proximidade do comando do policiamento com o locutor oficial do estádio[25], com o coordenador dos comissários (stewards) e com a administração.
O comando deve ter acesso às informações eletrônicas das catracas, dos acessos, das imagens do monitoramento, do sistema de som, dos pontos críticos (instalações elétricas, por exemplo), dos setores e das áreas externas.
Um evento da dimensão da Copa do Mundo requer o planejamento da segurança em toda a cidade sede, não apenas no estádio e seu entorno, mas abrangendo a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica, a segurança de dignitários e o terrorismo. No período de tempo que abrange a Copa do Mundo, o funcionamento das cidades sedes sofrerá alterações, com eventos ocorrendo em todo o território, com turistas nacionais e estrangeiros circulando etc., o que exigirá da polícia territorial um planejamento prévio e um estudo continuado da situação a fim de manter a segurança pública.
Exige, assim, a articulação das forças de segurança para atuação integrada que envolva vias públicas e outros logradouros, portos, aeroportos, terminais de ônibus, hotéis, pontos turísticos etc., tudo conforme planos de prevenção e de pronta resposta.
A organização da Copa, em todas as cidades, deve capacitar-se para a coordenação dos serviços e a fiscalização dos mesmos, através de todos os órgãos competentes, como a venda dos ingressos, o combate ao câmbio negro, o comércio ambulante, a pirataria de produtos protegidos por direitos autorais ou patentes etc.
A concentração de autoridades públicas nacionais e internacionais, incluindo chefes de estado e de governo ou seus representantes, bem como a presença de executivos privados, patrocinadores ou não do evento, requer perfeita articulação dos diversos órgãos de segurança e de inteligência, entre si e com organismos internacionais, representações diplomáticas, serviços estrangeiros de segurança pessoal e de inteligência e serviços de segurança privados, nacionais e estrangeiros.
Pelo exposto, verifica-se que o planejamento para a segurança da Copa do Mundo de 2014, dada sua complexidade e amplitude, deve ser iniciado imediatamente, antecipando-se mesmo ao planejamento das demais dimensões da preparação do país para sediar, com êxito, esse evento de importância mundial.
Muito se tem comentado a Copa do Mundo de 2014 como excelente oportunidade para o desenvolvimento econômico e social de nosso país, face aos investimentos públicos e privados, em volume sem precedentes[1], nesse evento esportivo de magnitude global. Por conta desta visão de responsabilidade social, verdadeira bússola a orientar a administração pública e a iniciativa privada, todo investimento deve obrigatoriamente deixar um legado significativo para a sociedade brasileira[2]. Sob esse aspecto, não só o evento será acompanhado por expressiva audiência mundial[3], mas também os resultados econômico-sociais pós-Copa serão amplamente difundidos e profundamente analisados[4].
Neste cenário, as importantes questões específicas de segurança relacionadas à Copa do Mundo, qualquer que seja o país-sede, somam-se ao crescente radicalismo armado mundial, de natureza étnica, política e ideológica[5], e à crítica situação da segurança pública em nosso país[6], tornando o item “segurança” aspecto vital na preparação do Brasil para a Copa de 2014. E ele se abre num amplo leque que envolve a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica (cambismo, turismo sexual, delitos contra turistas etc.), a segurança de dignitários e o terrorismo.
Por isso, o assunto “segurança” não deve ser tratado de forma compartimentada, como se fosse apenas uma entre as diversas dimensões do planejamento, como arenas, mobilidade urbana, portos, aeroportos, rodovias, rede hoteleira, energia, telecomunicações, rede hospitalar e saneamento básico. Seu enfrentamento não deve ser postergado, mas, ao contrário, deve antecipar-se, para poder envolver essas dimensões citadas.
Prova disso é que, por exemplo, o cumprimento da norma da FIFA que determina o tempo máximo de oito minutos para a evacuação de um estádio[7] exige toda uma arquitetura física, de processos e de tecnologia que não pode ser planejada e implementada após a construção da arena e da adequação do espaço urbano. O mesmo ocorre com a norma internacional, decorrente dos estudos ingleses que se seguiram ao Taylor Report – 1989[8], que estabelece que os estádios devam ter a capacidade de manter, para a entrada de torcedores, o fluxo de 660 pessoas por hora por catraca[9]: por isso, não deve haver sanitários, bancas de vendedores, obstáculos ou qualquer outra coisa, inclusive procedimentos de segurança, que provoquem filas ou aglomerações próximas às catracas.
Assim, é preciso planejar e investir na revisão dos procedimentos e na capacitação e preparação de todos os profissionais que irão atuar em atividades de segurança nas cidades sedes da Copa. Além disso, investir em equipamentos básicos para o desempenho dessas funções, bem como a implementação de novas tecnologias voltadas às comunicações, transmissão e compartilhamento de banco de dados e produção de provas forenses. Não podemos nos esquecer do planejamento para situações de emergências nessas cidades[10], uma das grandes preocupações da FIFA.
O planejamento e sua implementação nas cidades escolhidas para a realização dos jogos devem ser realizados com tal cuidado, de modo a torná-las exemplos de boa gestão em segurança pública, como hoje se tem como referências mundiais algumas cidades que conseguiram baixar seus índices de criminalidade, como Nova York, nos Estados Unidos, e Bogotá na Colômbia.
Trata-se de uma oportunidade única de modernidade na área de segurança pública, pois estamos falando de doze capitais que poderão ser modelos em segurança pública, para todo o Brasil e quem sabe para o mundo.
Há questões que devem ser definidas com antecedência e que têm profunda influência sobre as providências decorrentes.
É o caso do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios. Em São Paulo, essa proibição vigora desde 1995[11], sendo uma das causas do controle da violência nas arquibancadas. Essa proibição, inicialmente administrativa, tornou-se legal em 1996[12].
Será necessário definir, de maneira uniforme para todas as sedes, se o consumo de bebidas alcoólicas será ou não permitido nos jogos da Copa. Até a Copa da Alemanha, em todos os campeonatos da FIFA vigorava a proibição. Na Alemanha, foi autorizado o consumo de cerveja. Como fica a legislação paulista restritiva em face de uma eventual liberação? No caso de São Paulo, o desprestígio da lei restritiva comprometerá o controle da violência das torcidas organizadas nos estádios, nos futuros campeonatos e torneios estaduais e nacionais?
Ainda como exemplo, temos algumas das funções dos comissários de estádios (stewards), recomendadas pela FIFA e que, no Brasil, são privativas de agentes policiais, como buscas pessoais e apreensão de materiais. A normatização da função dos comissários de estádios deve ser concluída com tempo suficiente para permitir o adequado treinamento dos mesmos.[13]
Dentro da visão estratégica de que os investimentos devem deixar um legado para a sociedade, o planejamento da segurança precisa ter em vista o compromisso de que toda estrutura, criada ou aperfeiçoada, continue funcionando pós-Copa, com a mesma eficácia.
O planejamento tem de ser amplo e detalhado, para fazer face desde a prevenção criminal básica até a especializada prevenção ao terrorismo, com base tanto em conhecimentos produzidos por competente trabalho de análise criminal como pelos serviços de inteligência[14], articulados com seus correspondentes internacionais. Deve prever detalhadamente completo acervo de procedimentos necessários à pronta e eficaz reação a todas as situações de emergência. E o pessoal envolvido na segurança, profissionais e voluntários, devem estar capacitados a agir com eficácia absoluta, tanto preventiva como reativamente, já em 2013, para a Copa das Confederações, graças ao exaustivo treinamento, desde os comissários de estádio (stewards) até a polícia territorial e as unidades especiais.
Mas o planejamento e a realização dos investimentos, embora focados na “Operação Copa”, comprometidos especialmente com o sucesso deste evento, dada sua importância e criticabilidade, deve requalificar a segurança pública com vistas ao futuro. Por isso, a despeito da capacitação em alto nível de unidades especiais, precisa ser fundado na polícia territorial.[15]
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Toda incorporação de tecnologia e processos deve, portanto, ter por objetivo proporcionar a adequada segurança à Copa e também servir à estrutura de segurança pós- Copa, o que não admite improvisações de planejamentos apressados porque iniciados tardiamente.
Temos que levar em conta também que os comandantes do policiamento e grande parte dos policiais que atuarão na Copa do Mundo ainda estão nas escolas[16], sejam de formação, sejam de aperfeiçoamento, ou mesmo nem foram recrutados. E que as novas tecnologias a serem incorporadas para a segurança influenciarão nos procedimentos operacionais, que deverão ser objeto de novos manuais e treinamentos, para que tenhamos, com suficiente antecedência, profissionais bem preparados para a magnitude do evento. Tudo deve estar funcionando adequadamente com bastante antecedência: profissionais, tecnologia e processos.
Nenhum estádio brasileiro tem condições, atualmente de sediar jogos da Copa do Mundo, por problemas arquitetônicos e estruturais, e urbanísticos em seu entorno. Aliás, suas condições são precárias mesmo para os eventos esportivos nacionais.[17]
De acordo com o conjunto de normas que regula a matéria (Cadernos de Encargos e recomendações da FIFA, Estatuto do Torcedor[18], Normas da ABNT, Código de Defesa do Consumidor[19], etc) os estádios devem ser confortáveis e seguros, e os torcedores devem ser respeitados em seus direitos, o que exige, dentre outras coisas:
O comando da segurança nos estádios deve estar localizado em instalações que permitam a melhor visualização de todas as partes dos mesmos, além de ser também facilmente visualizados pelo público.
A instalação deve permitir a proximidade do comando do policiamento com o locutor oficial do estádio[25], com o coordenador dos comissários (stewards) e com a administração.
O comando deve ter acesso às informações eletrônicas das catracas, dos acessos, das imagens do monitoramento, do sistema de som, dos pontos críticos (instalações elétricas, por exemplo), dos setores e das áreas externas.
Um evento da dimensão da Copa do Mundo requer o planejamento da segurança em toda a cidade sede, não apenas no estádio e seu entorno, mas abrangendo a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica, a segurança de dignitários e o terrorismo. No período de tempo que abrange a Copa do Mundo, o funcionamento das cidades sedes sofrerá alterações, com eventos ocorrendo em todo o território, com turistas nacionais e estrangeiros circulando etc., o que exigirá da polícia territorial um planejamento prévio e um estudo continuado da situação a fim de manter a segurança pública.
Exige, assim, a articulação das forças de segurança para atuação integrada que envolva vias públicas e outros logradouros, portos, aeroportos, terminais de ônibus, hotéis, pontos turísticos etc., tudo conforme planos de prevenção e de pronta resposta.
A organização da Copa, em todas as cidades, deve capacitar-se para a coordenação dos serviços e a fiscalização dos mesmos, através de todos os órgãos competentes, como a venda dos ingressos, o combate ao câmbio negro, o comércio ambulante, a pirataria de produtos protegidos por direitos autorais ou patentes etc.
A concentração de autoridades públicas nacionais e internacionais, incluindo chefes de estado e de governo ou seus representantes, bem como a presença de executivos privados, patrocinadores ou não do evento, requer perfeita articulação dos diversos órgãos de segurança e de inteligência, entre si e com organismos internacionais, representações diplomáticas, serviços estrangeiros de segurança pessoal e de inteligência e serviços de segurança privados, nacionais e estrangeiros.
Pelo exposto, verifica-se que o planejamento para a segurança da Copa do Mundo de 2014, dada sua complexidade e amplitude, deve ser iniciado imediatamente, antecipando-se mesmo ao planejamento das demais dimensões da preparação do país para sediar, com êxito, esse evento de importância mundial.
Muito se tem comentado a Copa do Mundo de 2014 como excelente oportunidade para o desenvolvimento econômico e social de nosso país, face aos investimentos públicos e privados, em volume sem precedentes[1], nesse evento esportivo de magnitude global. Por conta desta visão de responsabilidade social, verdadeira bússola a orientar a administração pública e a iniciativa privada, todo investimento deve obrigatoriamente deixar um legado significativo para a sociedade brasileira[2]. Sob esse aspecto, não só o evento será acompanhado por expressiva audiência mundial[3], mas também os resultados econômico-sociais pós-Copa serão amplamente difundidos e profundamente analisados[4].
Neste cenário, as importantes questões específicas de segurança relacionadas à Copa do Mundo, qualquer que seja o país-sede, somam-se ao crescente radicalismo armado mundial, de natureza étnica, política e ideológica[5], e à crítica situação da segurança pública em nosso país[6], tornando o item “segurança” aspecto vital na preparação do Brasil para a Copa de 2014. E ele se abre num amplo leque que envolve a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica (cambismo, turismo sexual, delitos contra turistas etc.), a segurança de dignitários e o terrorismo.
Por isso, o assunto “segurança” não deve ser tratado de forma compartimentada, como se fosse apenas uma entre as diversas dimensões do planejamento, como arenas, mobilidade urbana, portos, aeroportos, rodovias, rede hoteleira, energia, telecomunicações, rede hospitalar e saneamento básico. Seu enfrentamento não deve ser postergado, mas, ao contrário, deve antecipar-se, para poder envolver essas dimensões citadas.
Prova disso é que, por exemplo, o cumprimento da norma da FIFA que determina o tempo máximo de oito minutos para a evacuação de um estádio[7] exige toda uma arquitetura física, de processos e de tecnologia que não pode ser planejada e implementada após a construção da arena e da adequação do espaço urbano. O mesmo ocorre com a norma internacional, decorrente dos estudos ingleses que se seguiram ao Taylor Report – 1989[8], que estabelece que os estádios devam ter a capacidade de manter, para a entrada de torcedores, o fluxo de 660 pessoas por hora por catraca[9]: por isso, não deve haver sanitários, bancas de vendedores, obstáculos ou qualquer outra coisa, inclusive procedimentos de segurança, que provoquem filas ou aglomerações próximas às catracas.
Assim, é preciso planejar e investir na revisão dos procedimentos e na capacitação e preparação de todos os profissionais que irão atuar em atividades de segurança nas cidades sedes da Copa. Além disso, investir em equipamentos básicos para o desempenho dessas funções, bem como a implementação de novas tecnologias voltadas às comunicações, transmissão e compartilhamento de banco de dados e produção de provas forenses. Não podemos nos esquecer do planejamento para situações de emergências nessas cidades[10], uma das grandes preocupações da FIFA.
O planejamento e sua implementação nas cidades escolhidas para a realização dos jogos devem ser realizados com tal cuidado, de modo a torná-las exemplos de boa gestão em segurança pública, como hoje se tem como referências mundiais algumas cidades que conseguiram baixar seus índices de criminalidade, como Nova York, nos Estados Unidos, e Bogotá na Colômbia.
Trata-se de uma oportunidade única de modernidade na área de segurança pública, pois estamos falando de doze capitais que poderão ser modelos em segurança pública, para todo o Brasil e quem sabe para o mundo.
Há questões que devem ser definidas com antecedência e que têm profunda influência sobre as providências decorrentes.
É o caso do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios. Em São Paulo, essa proibição vigora desde 1995[11], sendo uma das causas do controle da violência nas arquibancadas. Essa proibição, inicialmente administrativa, tornou-se legal em 1996[12].
Será necessário definir, de maneira uniforme para todas as sedes, se o consumo de bebidas alcoólicas será ou não permitido nos jogos da Copa. Até a Copa da Alemanha, em todos os campeonatos da FIFA vigorava a proibição. Na Alemanha, foi autorizado o consumo de cerveja. Como fica a legislação paulista restritiva em face de uma eventual liberação? No caso de São Paulo, o desprestígio da lei restritiva comprometerá o controle da violência das torcidas organizadas nos estádios, nos futuros campeonatos e torneios estaduais e nacionais?
Ainda como exemplo, temos algumas das funções dos comissários de estádios (stewards), recomendadas pela FIFA e que, no Brasil, são privativas de agentes policiais, como buscas pessoais e apreensão de materiais. A normatização da função dos comissários de estádios deve ser concluída com tempo suficiente para permitir o adequado treinamento dos mesmos.[13]
Dentro da visão estratégica de que os investimentos devem deixar um legado para a sociedade, o planejamento da segurança precisa ter em vista o compromisso de que toda estrutura, criada ou aperfeiçoada, continue funcionando pós-Copa, com a mesma eficácia.
O planejamento tem de ser amplo e detalhado, para fazer face desde a prevenção criminal básica até a especializada prevenção ao terrorismo, com base tanto em conhecimentos produzidos por competente trabalho de análise criminal como pelos serviços de inteligência[14], articulados com seus correspondentes internacionais. Deve prever detalhadamente completo acervo de procedimentos necessários à pronta e eficaz reação a todas as situações de emergência. E o pessoal envolvido na segurança, profissionais e voluntários, devem estar capacitados a agir com eficácia absoluta, tanto preventiva como reativamente, já em 2013, para a Copa das Confederações, graças ao exaustivo treinamento, desde os comissários de estádio (stewards) até a polícia territorial e as unidades especiais.
Mas o planejamento e a realização dos investimentos, embora focados na “Operação Copa”, comprometidos especialmente com o sucesso deste evento, dada sua importância e criticabilidade, deve requalificar a segurança pública com vistas ao futuro. Por isso, a despeito da capacitação em alto nível de unidades especiais, precisa ser fundado na polícia territorial.[15]
O Centro Integrado de Operações Policiais deve ser desenvolvido não para comandar o policiamento, mas para, com tecnologia e processos, permitir que os comandantes territoriais o façam e para que cada escalão de comando supervisione o desempenho do escalão subordinado, embora, complementarmente, deva também servir como meio de comando de operações especiais e dos gabinetes de crise, articulando todas as forças de segurança e de emergência.
Toda incorporação de tecnologia e processos deve, portanto, ter por objetivo proporcionar a adequada segurança à Copa e também servir à estrutura de segurança pós- Copa, o que não admite improvisações de planejamentos apressados porque iniciados tardiamente.
Temos que levar em conta também que os comandantes do policiamento e grande parte dos policiais que atuarão na Copa do Mundo ainda estão nas escolas[16], sejam de formação, sejam de aperfeiçoamento, ou mesmo nem foram recrutados. E que as novas tecnologias a serem incorporadas para a segurança influenciarão nos procedimentos operacionais, que deverão ser objeto de novos manuais e treinamentos, para que tenhamos, com suficiente antecedência, profissionais bem preparados para a magnitude do evento. Tudo deve estar funcionando adequadamente com bastante antecedência: profissionais, tecnologia e processos.
Nenhum estádio brasileiro tem condições, atualmente de sediar jogos da Copa do Mundo, por problemas arquitetônicos e estruturais, e urbanísticos em seu entorno. Aliás, suas condições são precárias mesmo para os eventos esportivos nacionais.[17]
De acordo com o conjunto de normas que regula a matéria (Cadernos de Encargos e recomendações da FIFA, Estatuto do Torcedor[18], Normas da ABNT, Código de Defesa do Consumidor[19], etc) os estádios devem ser confortáveis e seguros, e os torcedores devem ser respeitados em seus direitos, o que exige, dentre outras coisas:
O comando da segurança nos estádios deve estar localizado em instalações que permitam a melhor visualização de todas as partes dos mesmos, além de ser também facilmente visualizados pelo público.
A instalação deve permitir a proximidade do comando do policiamento com o locutor oficial do estádio[25], com o coordenador dos comissários (stewards) e com a administração.
O comando deve ter acesso às informações eletrônicas das catracas, dos acessos, das imagens do monitoramento, do sistema de som, dos pontos críticos (instalações elétricas, por exemplo), dos setores e das áreas externas.
Um evento da dimensão da Copa do Mundo requer o planejamento da segurança em toda a cidade sede, não apenas no estádio e seu entorno, mas abrangendo a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica, a segurança de dignitários e o terrorismo. No período de tempo que abrange a Copa do Mundo, o funcionamento das cidades sedes sofrerá alterações, com eventos ocorrendo em todo o território, com turistas nacionais e estrangeiros circulando etc., o que exigirá da polícia territorial um planejamento prévio e um estudo continuado da situação a fim de manter a segurança pública.
Exige, assim, a articulação das forças de segurança para atuação integrada que envolva vias públicas e outros logradouros, portos, aeroportos, terminais de ônibus, hotéis, pontos turísticos etc., tudo conforme planos de prevenção e de pronta resposta.
A organização da Copa, em todas as cidades, deve capacitar-se para a coordenação dos serviços e a fiscalização dos mesmos, através de todos os órgãos competentes, como a venda dos ingressos, o combate ao câmbio negro, o comércio ambulante, a pirataria de produtos protegidos por direitos autorais ou patentes etc.
A concentração de autoridades públicas nacionais e internacionais, incluindo chefes de estado e de governo ou seus representantes, bem como a presença de executivos privados, patrocinadores ou não do evento, requer perfeita articulação dos diversos órgãos de segurança e de inteligência, entre si e com organismos internacionais, representações diplomáticas, serviços estrangeiros de segurança pessoal e de inteligência e serviços de segurança privados, nacionais e estrangeiros.
Pelo exposto, verifica-se que o planejamento para a segurança da Copa do Mundo de 2014, dada sua complexidade e amplitude, deve ser iniciado imediatamente, antecipando-se mesmo ao planejamento das demais dimensões da preparação do país para sediar, com êxito, esse evento de importância mundial.
Muito se tem comentado a Copa do Mundo de 2014 como excelente oportunidade para o desenvolvimento econômico e social de nosso país, face aos investimentos públicos e privados, em volume sem precedentes[1], nesse evento esportivo de magnitude global. Por conta desta visão de responsabilidade social, verdadeira bússola a orientar a administração pública e a iniciativa privada, todo investimento deve obrigatoriamente deixar um legado significativo para a sociedade brasileira[2]. Sob esse aspecto, não só o evento será acompanhado por expressiva audiência mundial[3], mas também os resultados econômico-sociais pós-Copa serão amplamente difundidos e profundamente analisados[4].
Neste cenário, as importantes questões específicas de segurança relacionadas à Copa do Mundo, qualquer que seja o país-sede, somam-se ao crescente radicalismo armado mundial, de natureza étnica, política e ideológica[5], e à crítica situação da segurança pública em nosso país[6], tornando o item “segurança” aspecto vital na preparação do Brasil para a Copa de 2014. E ele se abre num amplo leque que envolve a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica (cambismo, turismo sexual, delitos contra turistas etc.), a segurança de dignitários e o terrorismo.
Por isso, o assunto “segurança” não deve ser tratado de forma compartimentada, como se fosse apenas uma entre as diversas dimensões do planejamento, como arenas, mobilidade urbana, portos, aeroportos, rodovias, rede hoteleira, energia, telecomunicações, rede hospitalar e saneamento básico. Seu enfrentamento não deve ser postergado, mas, ao contrário, deve antecipar-se, para poder envolver essas dimensões citadas.
Prova disso é que, por exemplo, o cumprimento da norma da FIFA que determina o tempo máximo de oito minutos para a evacuação de um estádio[7] exige toda uma arquitetura física, de processos e de tecnologia que não pode ser planejada e implementada após a construção da arena e da adequação do espaço urbano. O mesmo ocorre com a norma internacional, decorrente dos estudos ingleses que se seguiram ao Taylor Report – 1989[8], que estabelece que os estádios devam ter a capacidade de manter, para a entrada de torcedores, o fluxo de 660 pessoas por hora por catraca[9]: por isso, não deve haver sanitários, bancas de vendedores, obstáculos ou qualquer outra coisa, inclusive procedimentos de segurança, que provoquem filas ou aglomerações próximas às catracas.
Assim, é preciso planejar e investir na revisão dos procedimentos e na capacitação e preparação de todos os profissionais que irão atuar em atividades de segurança nas cidades sedes da Copa. Além disso, investir em equipamentos básicos para o desempenho dessas funções, bem como a implementação de novas tecnologias voltadas às comunicações, transmissão e compartilhamento de banco de dados e produção de provas forenses. Não podemos nos esquecer do planejamento para situações de emergências nessas cidades[10], uma das grandes preocupações da FIFA.
O planejamento e sua implementação nas cidades escolhidas para a realização dos jogos devem ser realizados com tal cuidado, de modo a torná-las exemplos de boa gestão em segurança pública, como hoje se tem como referências mundiais algumas cidades que conseguiram baixar seus índices de criminalidade, como Nova York, nos Estados Unidos, e Bogotá na Colômbia.
Trata-se de uma oportunidade única de modernidade na área de segurança pública, pois estamos falando de doze capitais que poderão ser modelos em segurança pública, para todo o Brasil e quem sabe para o mundo.
Há questões que devem ser definidas com antecedência e que têm profunda influência sobre as providências decorrentes.
É o caso do consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios. Em São Paulo, essa proibição vigora desde 1995[11], sendo uma das causas do controle da violência nas arquibancadas. Essa proibição, inicialmente administrativa, tornou-se legal em 1996[12].
Será necessário definir, de maneira uniforme para todas as sedes, se o consumo de bebidas alcoólicas será ou não permitido nos jogos da Copa. Até a Copa da Alemanha, em todos os campeonatos da FIFA vigorava a proibição. Na Alemanha, foi autorizado o consumo de cerveja. Como fica a legislação paulista restritiva em face de uma eventual liberação? No caso de São Paulo, o desprestígio da lei restritiva comprometerá o controle da violência das torcidas organizadas nos estádios, nos futuros campeonatos e torneios estaduais e nacionais?
Ainda como exemplo, temos algumas das funções dos comissários de estádios (stewards), recomendadas pela FIFA e que, no Brasil, são privativas de agentes policiais, como buscas pessoais e apreensão de materiais. A normatização da função dos comissários de estádios deve ser concluída com tempo suficiente para permitir o adequado treinamento dos mesmos.[13]
Dentro da visão estratégica de que os investimentos devem deixar um legado para a sociedade, o planejamento da segurança precisa ter em vista o compromisso de que toda estrutura, criada ou aperfeiçoada, continue funcionando pós-Copa, com a mesma eficácia.
O planejamento tem de ser amplo e detalhado, para fazer face desde a prevenção criminal básica até a especializada prevenção ao terrorismo, com base tanto em conhecimentos produzidos por competente trabalho de análise criminal como pelos serviços de inteligência[14], articulados com seus correspondentes internacionais. Deve prever detalhadamente completo acervo de procedimentos necessários à pronta e eficaz reação a todas as situações de emergência. E o pessoal envolvido na segurança, profissionais e voluntários, devem estar capacitados a agir com eficácia absoluta, tanto preventiva como reativamente, já em 2013, para a Copa das Confederações, graças ao exaustivo treinamento, desde os comissários de estádio (stewards) até a polícia territorial e as unidades especiais.
Mas o planejamento e a realização dos investimentos, embora focados na “Operação Copa”, comprometidos especialmente com o sucesso deste evento, dada sua importância e criticabilidade, deve requalificar a segurança pública com vistas ao futuro. Por isso, a despeito da capacitação em alto nível de unidades especiais, precisa ser fundado na polícia territorial.[15]
O Centro Integrado de Operações Policiais deve ser desenvolvido não para comandar o policiamento, mas para, com tecnologia e processos, permitir que os comandantes territoriais o façam e para que cada escalão de comando supervisione o desempenho do escalão subordinado, embora, complementarmente, deva também servir como meio de comando de operações especiais e dos gabinetes de crise, articulando todas as forças de segurança e de emergência.
Toda incorporação de tecnologia e processos deve, portanto, ter por objetivo proporcionar a adequada segurança à Copa e também servir à estrutura de segurança pós- Copa, o que não admite improvisações de planejamentos apressados porque iniciados tardiamente.
Temos que levar em conta também que os comandantes do policiamento e grande parte dos policiais que atuarão na Copa do Mundo ainda estão nas escolas[16], sejam de formação, sejam de aperfeiçoamento, ou mesmo nem foram recrutados. E que as novas tecnologias a serem incorporadas para a segurança influenciarão nos procedimentos operacionais, que deverão ser objeto de novos manuais e treinamentos, para que tenhamos, com suficiente antecedência, profissionais bem preparados para a magnitude do evento. Tudo deve estar funcionando adequadamente com bastante antecedência: profissionais, tecnologia e processos.
Nenhum estádio brasileiro tem condições, atualmente de sediar jogos da Copa do Mundo, por problemas arquitetônicos e estruturais, e urbanísticos em seu entorno. Aliás, suas condições são precárias mesmo para os eventos esportivos nacionais.[17]
De acordo com o conjunto de normas que regula a matéria (Cadernos de Encargos e recomendações da FIFA, Estatuto do Torcedor[18], Normas da ABNT, Código de Defesa do Consumidor[19], etc) os estádios devem ser confortáveis e seguros, e os torcedores devem ser respeitados em seus direitos, o que exige, dentre outras coisas:
O comando da segurança nos estádios deve estar localizado em instalações que permitam a melhor visualização de todas as partes dos mesmos, além de ser também facilmente visualizados pelo público.
A instalação deve permitir a proximidade do comando do policiamento com o locutor oficial do estádio[25], com o coordenador dos comissários (stewards) e com a administração.
O comando deve ter acesso às informações eletrônicas das catracas, dos acessos, das imagens do monitoramento, do sistema de som, dos pontos críticos (instalações elétricas, por exemplo), dos setores e das áreas externas.
Um evento da dimensão da Copa do Mundo requer o planejamento da segurança em toda a cidade sede, não apenas no estádio e seu entorno, mas abrangendo a segurança das multidões, a criminalidade em geral, a criminalidade específica, a segurança de dignitários e o terrorismo. No período de tempo que abrange a Copa do Mundo, o funcionamento das cidades sedes sofrerá alterações, com eventos ocorrendo em todo o território, com turistas nacionais e estrangeiros circulando etc., o que exigirá da polícia territorial um planejamento prévio e um estudo continuado da situação a fim de manter a segurança pública.
Exige, assim, a articulação das forças de segurança para atuação integrada que envolva vias públicas e outros logradouros, portos, aeroportos, terminais de ônibus, hotéis, pontos turísticos etc., tudo conforme planos de prevenção e de pronta resposta.
A organização da Copa, em todas as cidades, deve capacitar-se para a coordenação dos serviços e a fiscalização dos mesmos, através de todos os órgãos competentes, como a venda dos ingressos, o combate ao câmbio negro, o comércio ambulante, a pirataria de produtos protegidos por direitos autorais ou patentes etc.
A concentração de autoridades públicas nacionais e internacionais, incluindo chefes de estado e de governo ou seus representantes, bem como a presença de executivos privados, patrocinadores ou não do evento, requer perfeita articulação dos diversos órgãos de segurança e de inteligência, entre si e com organismos internacionais, representações diplomáticas, serviços estrangeiros de segurança pessoal e de inteligência e serviços de segurança privados, nacionais e estrangeiros.
Pelo exposto, verifica-se que o planejamento para a segurança da Copa do Mundo de 2014, dada sua complexidade e amplitude, deve ser iniciado imediatamente, antecipando-se mesmo ao planejamento das demais dimensões da preparação do país para sediar, com êxito, esse evento de importância mundial.